http://www.dianafm.com/
Eduardo Luciano - A força de uma marca
22-out-2009
Cá estamos de novo, depois de um interregno para férias e pelejas eleitorais. Embora perceba as razões, ditas e não ditas, tenho pena que este espaço tenha sido banido das ondas hertzianas, logo num período onde os motivos de crónica eram mais interessantes. Seria no mínimo intrigante que, tendo eu participado activamente na batalha eleitoral para as autarquias em Évora, não retomasse este espaço falando da experiência que vivi e dos resultados obtidos. Como sabem, a candidatura da CDU às autarquias locais do nosso concelho tinha objectivos bem definidos. Conseguir mais votos, maior percentagem, mais presidências de junta de freguesia e a conquista da maioria na Câmara Municipal.
Foi um privilégio ter tido a oportunidade de poder participar num processo entusiasmante de construção de uma alternativa ao poder, que foi envolvendo cada vez mais pessoas, que arrancou à letargia e à inércia muitos descrentes, que propiciou encontros e aprendizagens com gente de várias latitudes políticas e sociais, que quiseram dar o seu contributo com propostas inovadoras e perspectivas criticas. O ter sido mais um nesse imenso colectivo, foi uma oportunidade rara de poder contribuir para a afirmação de um projecto político distintivo no panorama político do nosso concelho. A força política que me candidatou à presidência da Câmara Municipal de Évora, demonstrou neste acto eleitoral que a força da marca CDU se sobrepõe a qualquer protagonismo individual por muito importante que ele seja. Os adversários passaram grande parte do tempo a vender a ideia que o cabeça de lista da CDU era um desconhecido, que vivia em Évora há pouco tempo, que não se lhe conhecia qualquer obra em prol da cidade, que não tinha experiência de gestão autárquica, numa das muitas excursões de idosos realizadas até foi soprado ao ouvido dos excursionistas que o dito cujo era demasiado novo para a função, entre outras mentiras e meias verdades. Tendo o cabeça de lista tal rol de defeitos e contrariedades e tendo a força política que o candidatou conquistado mais votos que em 2005, ficando a escassos 1100 votos de conquistar a presidência da Câmara Municipal, só se pode concluir, e bem, que foi a força e o prestígio da marca CDU que possibilitou o resultado obtido. Mais votos, mais Presidências de Juntas de Freguesias, inexistência de maiorias absolutas na Câmara e na Assembleia e uma diferença percentual de 4 pontos para força política mais votada, foram os resultados obtidos pela candidatura da CDU às autarquias do concelho. É verdade, não conseguimos o objectivo principal. Mas nem por isso nos devemos sentir derrotados. Sentir-me-ia derrotado se olhasse à minha volta e visse desmobilização, desânimo, braços caídos, feridas abertas. Curiosamente vejo mobilização, ânimo, análise crítica de resultados sem recriminações ou culpabilizações fáceis. Não ganhámos a Câmara Municipal mas obtivemos vários grandes resultados. Nem todos quantificáveis. Não queria deixar de agradecer aos pândegos que, noite das eleições, me colaram uma bolinha vermelha no nariz, numa clara alusão à nobre profissão de fazer rir os outros. Embora me falta o talento para tal, sempre prefiro ser associado a quem faz rir do que a quem faz chorar. Para além disso, quem sabe, a ideia possa ser usada em próximas campanhas associando a frase “queremos palhaços com mais decência, Batatinha à Presidência”. Tinha mesmo saudades disto…
Até para a semana.
3 comentários:
pessoal ouvi dizer que agora em vez de laranjeiras ou palmeiras iam plantar alfaces na praça...ehehe
....rsrsrsrsrsrsrsrsrs...
Estes comentários totalmente fora do contexto do artigo publicado são de uma pobreza extrema e revelam bem o grau de imbecibilidade e analfatismo em que Portugal está mergulhado.
É lamentável depois de lêr artigos bem elaborados e que merecem atenção dar com comentários tão falhos de um mínimo de inteligencia.
Para o que estaremos guardados?
Cortes Rosa
Faço minhas as suas palavras "Amigo"Cortes Rosa.
AL
Enviar um comentário