quarta-feira, 22 de outubro de 2008

ESTÓRIAS ALENTEJANAS

Estórias do Xico Manel



Histórias que foram publicadas no Blog Alandro al

Textos despretensiosos que nos recordam tempos nos quais imperavam valores que se perderam no evoluir da sociedade.
São pequenos contos que nos transportam no tempo e pretendem deixar-nos um sorriso nos lábios


LIÇÃO MUITO CARA

Nessa altura habitava no Alandroal uma família cigana que tinha como patriarca o GUILHERME, que não fugia à regra de viver de expedientes, mais ou menos bem urdidos, de modo a ir vivendo sem precisar de puxar pelo couro.
Gostava muito de ir dar uma léria para a oficina do amigo ZÉ BEZANA, e como tinha uma grande lábia e ditos de bom humor, era bastante bem tolerado.
Ora um belo dia aparece na oficina com uma pistola e respectiva caixa de balas, que dizia ele tinha sacado em Espanha, a uns indivíduos também ciganos, que andavam por lá às turras e ele achou por bem tirar-lhes a pistola. Coisa cara e de luxo não acessível a qualquer pessoa. Pelo menos 20 contos eram quanto aquilo valia. Depois de bem analisada e verificados todos os pormenores, e ao fim de muito regateio, ele lá fazia o favor de a vender, atendendo à pessoa que era, e porque não queria chatices com os Ciganos Espanhóis, por 5 contos. E fecharam o negócio, cinco notas de conto para o GUILHERME, e a pistola para o BEZANA, com a recomendação de só experimentar o objecto bem longe da Vila, e muito cuidado com o manuseamento.
Pela tardinha o meu amigo vá de ir para o campo para experimentar a nova aquisição. Grande desilusão: aquilo não tinha percursor, o gatilho caiu logo e as balas eram tudo menos balas.
Grande malandro que me enganou. Vou já a troncos dele.
E… foi. Encontrou-o em Vila Viçosa, tendo uma bela jantarada no BIDAIS, com um bom bife, bem regado com um bom tinto.
Fulo que nem uma barata, espumando por todos os cantos, lá foi desabafando cobras e lagartos contra o GUILHERME.
Amigo não merece a pena a gente zangar-se por isso, dá cá a pistola, toma lá o teu dinheiro.
Mas tu só me estás a dar quatro notas, e eu dei-te cinco!!!
“Atão”… por uma lição destas pagas um conto de réis e ainda reclamas? Vai-te lá embora que para a próxima é mais caro.

3 comentários:

Anónimo disse...

PORTUGAL É UM PAÍS PEQUENO, MAS…O MUNDO É AINDA MAIS
Há já um período a esta data, que não tenho dado o meu contributo a este blogue, essencialmente, por questões profissionais…e não só.
Embora destaque excelentes momentos, de poesia, desporto, fotografia, estórias e História, rubricas semanais de grande interesse, o lazer, etc. Apraz-me, essencialmente, ter conhecimento das ilustres obras que vão sendo edificadas no Concelho, os programas educacionais promovidos para os jovens, de apoio aos idosos, não desprezando todos os outros projectos desenvolvidos pela Edilidade local, e alguns Munícipes…estes foram apenas alguns exemplos que resolvi destacar por serem primordiais.
Não obstante o que acima mencionei, entristece-me que alguns “ilustres” e “iluminados” “Doutores” originários dessa Vila linda que é o Alandroal (que já nem aí residem, e que aí vão, apenas quando o “Rei” faz anos), continuem constantemente, a desdenhar, criticar, humilhar e ofender a inteligência dos Alandroalenses, com as suas “Rubricas Semanais”, enfadonhas, “chatas”, sonolentas, que apenas servem para ler enquanto estamos “debaixo dum chaparro à espera da sesta da tarde”, ou porventura, naqueles momentos de aflição em que a flora intestinal mais parece um rio a querer desaguar no mar.
Indo ao encontro do título do meu humilde texto, no passado domingo, nos arredores de Lisboa, enquanto fazia o que faço em qualquer domingo, como se de mais outro normal domingo se tratasse, não é que para espanto meu, vislumbrei a tão poucos metros da minha pessoa, tão ilustre, iluminado académico???!!!
Do “prazer” de tal “aparição” apenas pude constatar o seguinte: o prazer é antónimo de desprazer, as aparições não existem, ou se existem, foram apenas em Fátima, e os OVNi´s são uma incógnita! A pergunta é…será que tive uma ilusão óptica? Ou de facto os OVNI`s existem??? Será que era um extraterrestre, e que os lirismos, os empirismos, figuras de estilo, e advérbios circunstanciais utilizados por tal “Iluminado” nos seus textos “Gregorianos”, não provam que é um ser de outro planeta??? Será que os floreados textuais “venenosos” de que falei não serão mais do que o dialecto e a linguagem corrente de tal “Ser” no seu planeta??? E que segundo a Astronomia, no antigo latim, tal planeta se denomina por planeta “VENENIUM”??? Será que por tais dons que possui, afinal não será um “VISIONÁRIO”, e está a avisar-nos para o dilúvio que poderá estar prestes a cair sobre o Concelho do Alandroal???
De tal encontro apenas resultou azia no meu estômago, “Alguém” que não o “Ilustre Ser” (porque provavelmente também estes “Iluminados Seres” terão hierarquias, e este “Ser”, deverá ser uma entidade importante em tal planeta, e por isso mandou alguém a confirmar), veio até bem perto de mim, possivelmente, para confirmar se seria eu, sendo que depois da confirmação, abandonaram o local, no que penso ser um “Disco Voador”, pese embora fosse em tudo semelhante a um automóvel, perfeitamente normal e igual a tantos outros deste planeta.
No entanto, constatei também que o veneno representado nos textos expressos, não tem qualquer efeito presencial, é completamente inofensivo, e até diria mais…tive a certeza que a Raça Humana é mais corajosa.
É um caso para pensar e investigar, ou seja, é um caso para a C.I.A…afinal os OVNI`s existem, mas também tem sentimentos…receios, fobias, e alguns haverá que pretendem a fuga, invés ao confronto.
Para concluir, do “ser” não tive qualquer receio, antes pelo contrário, e apenas gostava de o encontrar…”sózinhitos”, e se possível ao “lusco-fusco”.
Foi a estória desta semana….
Agradecia que pusesse esta estória no diário normal, e não em comentário.
Até breve…
Abraço ao Xico Manel
P.S- Xico Manel, gostei das fotografias de escola, onde aparece o meu Pai (janita, né?), e da minha Mãe, com mais três amigas.
Um muito OBRIGADO!!!
UM BEM HAJA PARA TODOS OS BONS ALANDROALENSES
Hélio Gomes

Anónimo disse...

Caro patrício.Não se trata de extra-terrestres, trata-se de seres bem terrenos (por vezes rastejantes).A voz esganiçada e a necessidade de se "dares ares" resultam em função das frustações acumuladas.
O ego é grande mas as capacidades diminutas.
Esquecem-se todavia alguns "intelectuais de tasca barata" que o grande doutor que vive na capital,ir "à terra" para ser "rei e senhor dos parolos", foi "chão que deu uvas".Cada vez há menos parolos,se é que alguma vez houve muitos. Todavia, como ainda vão sobrando meia-dúzia de "parolos" (ou que se faze de), estes intelectuais de pacotilha tomam a nuvem por Juno e julgam ter encontrado o paraíso dos diletantes, onde poderão subir à tribuna para ser idolatrado e derrotar todos os seus fantasmas. Como é óbvio, rapidamente se dscobre que o rei vai nú e lá voltam à capital para se esconderem na multidão dos medíocres, até esquecer a humilhação. Só que, por mais densa que seja a "floresta", tropeça-se sempre nas hienas e aí, é fácil observar que ao contrário do que podem sugerir os seus lancinantes gritos, nunca se alimentaram das opíparas iguarias da intelectualidade, conseguindo apenas fugazes arremetidas para obter os despojos.
Ficção ou realidade caro Hélio, proponho que em nome da manutenção da biodiversidade; deixe viver as hienas!

Anónimo disse...

Pôrra!!!!!

Viró disco e toca a mesma?...